Ciúme é feio

Rodrigo Ortiz Vinholo
13 min readMar 8, 2021

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"Ciúmes" ("Sjalusi"), Edvard Munch (1895).

Este é um assunto que eu realmente não esperava precisar falar a respeito em 2021. Na série de questões sobre expectativas da evolução da humanidade, eu já esperava que todos entendessem algumas coisas muito básicas, mas vejo que ainda precisamos conversar muito, e repetir, e explicar para que precisemos entender.

Vou começar, antes de chegar ao nosso tópico principal, apontando algumas coisas importantes, mas que já deveriam ser óbvias a todos:

  • A Terra é redonda. Ou quase, ela tem um formato geoide, pois é achatada nos polos. O detalhe não importa tanto agora, o que importa é que ela não é plana.
  • Beba água. Beber água é importante para você. Refrigerante, suco, cerveja ou qualquer outra coisa não terá os mesmos efeitos que água para o seu organismo. Então beba água.
  • Use camisinha. Independente de seu gênero ou orientação, se você é uma pessoa sexualmente ativa, camisinhas e outros meios de proteção são maneiras ideais não só de evitar uma gravidez indesejada (se for o caso), mas também evitar ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Use camisinha.

Pronto. Com isso fora do caminho, vamos falar sobre ciúmes.

Sentir ciúme é feio.

Não tem uma maneira melhor para dizer isso. Eu poderia argumentar que “o ciúme é um sentimento negativo e blá, blá, blá” mas não, precisamos começar com um choque de realidade. CIÚME É FEIO.

Eu vou falar como eu diria para uma criança, porque este é o nível emocional que estamos lidando aqui. Se eu começar com o palavreado mais complicado, sei que alguém vai começar a argumentar usando umas palavras bonitas e descarrilar a conversa toda antes de chegarmos na parte boa, então eu vou reforçar assim mesmo mais uma vez. CIÚME É FEIO. CIÚME É COISA DE GENTE PEQUENA, INSEGURA E IMATURA.

E agora vamos conversar feito os adultos que nós provavelmente somos.

Vamos começar por alguns clichês, para todos ficarmos em um campo familiar. Normalmente, quando ciúmes entram em pauta, é comum que algumas frases prontas surjam para explicar em poucas palavras por que é ruim ter ciúmes. Geralmente é mais ou menos assim:

“Ciúme é sinal de baixa autoestima e de imaturidade.”
“Ciúme é um sentimento de posse, é uma tentativa de ter o outro como propriedade.”
“Ciúme demonstra falta de confiança na outra pessoa da relação.”

Todos esses clichês são ótimos, porque eles estão certos, cada um de um jeito. Se todo mundo entendesse a mensagem deles, o texto pararia por aqui e nós sairíamos para tomar água ou coisa assim. Mas eu sei que você, que está aqui, provavelmente quer uma novidade, uma conversa mais profunda.

Ciúme, na forma mais básica, é um sentimento de ameaça, muito parecido e muito correlato com o medo. Olha esta citação legal que eu tirei da Wikipédia:

“De acordo com os psicólogos Ayala Pines e Elliot Aronson, ciúme é “a reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade.””

Você tem ciúme dos seus amigos? Isso quer dizer que você teme perder a amizade deles, seja a relação como um todo ou a dinâmica, ou a qualidade dela. De um parente? Mesma coisa. De uma pessoa com quem tem um relacionamento amoroso? Nem se fala!

Eu diria mais: ciúmes, ao serem baseados em ameaças que podem ou não ser reais, também podem existir potencialmente e se referirem a situações hipotéticas e possibilidades futuras. Com isso, é possível ter ciúme quase de modo esportivo ou lúdico. Podemos brincar de infinitos cenários de ciúmes sem qualquer efeito na realidade (além, claro, do seu emocional e, dependendo, até mesmo do seu estado mental e físico).

E aí, olhando pra tudo isso, temos mais uma vez que apontar o óbvio: o ciúme é todo seu. Note que a ameaça não precisa ser clara, nem real, nem imediata, nem coerente. Basta você perceber alguma coisa como uma ameaça de um jeito específico e o ciúme surge. Duas pessoas podem ter ciúmes uma da outra, mas não é o ciúme de uma que gera o ciúme da outra. São entidades independentes.

Aqui, então, chegamos a uma verdade extremamente desconfortável para os ciumentos inveterados: ninguém mais, além de você, é responsável pelos seus ciúmes. Do mesmo modo como só você tem o poder de sentir ciúmes, só você é responsável por ele.

Você pode argumentar que uma pessoa pode agir de modo a deixar a outra com ciúmes, mas é justamente este o ponto: primeiro, não há uma fórmula de ciúmes universal (daqui a pouco vamos falar sobre uma visão social mais ampla, logo voltamos nisso), e se uma pessoa está fazendo algo que ela sabe que gera ciúmes em outra, ela basicamente está criando as condições para que você sinta o sentimento. Mas é você que sentiu, a partir do que ela fez.

"Ah, então você está culpando a vítima?" Não, não estou. Quem age propositalmente de forma a gerar ciúmes também é uma pessoa infantil, pequena e desprezível. Mas eu não posso dar a razão total ao ciumento, porque isso gera precedente para que seja coibido qualquer ato que seja visto como "gerador de ciúmes", mesmo que do ponto de vista arbitrário do ciumento ou de quem concorda com ele.

Aqui vale afastarmos alguns passos e dizermos mais algumas obviedades porque elas são necessárias. Em linhas gerais, essa questão de sentimentos serem próprios vale para qualquer coisa. Sua alegria é só sua, e sua tristeza também, bem como sua raiva etc. Seres empáticos conseguem identificar os sentimentos alheios e reagirem de acordo, incluindo tendo reflexos emocionais de acordo com o que estiver acontecendo. Mas ainda é individual. Pode ser poético e bonito dizer que a tristeza (ou seja lá o que for) dos outros é a sua, e pode ser que você realmente se importe, mas a sua tristeza é a sua, mesmo que ela seja em relação aos outros. Entendido?

As pessoas esquecem isso, e quando estão se relacionando com outras pessoas em qualquer capacidade, passam a ter expectativas sobre elas, tanto sobre suas ações, mas também sobre seus sentimentos. Muitos conflitos humanos existem basicamente da distância entre a expectativa e a realidade, ou a expectativa de um e a expectativa do outro. É complicado alinhar essas coisas, claro, mas reconhecer que é complicado já tende a ajudar muito.

O que nos leva a algo valioso que eu aprendi na minha vida, e que entrego de graça para vocês aqui: ninguém tem a obrigação de retribuir qualquer sentimento que você sentir. Você pode amar alguém e não receber amor de volta, ou pode receber amor de um modo diferente, ou com uma intensidade diferente. Você pode odiar alguém e a pessoa ser indiferente. Você pode ser indiferente a alguém e essa pessoa se importar muito com você e com o que você faz e tudo mais.

E mais: você pode ter uma relação com uma pessoa e achar que ela tem o mesmo tipo de relação com você, mas na prática você nunca saberá a verdade plena a respeito dela, porque você nunca vai conseguir sentir o que ela sente e pensar o que ela pensa.

Eu quero que você pare agora e pense nesta verdade, e em vez de sentir que ela é triste ou que ela causa medo de alguma forma, eu quero que você a entenda como libertadora. Porque se você conseguir aceitar que nunca vai entender plenamente os sentimentos e pensamentos de outra pessoa, você conseguirá caminhar muitos passos para entender o que são suas próprias necessidades e expectativas, e como essas podem estar filtrando a sua percepção do mundo e seu comportamento.

Agora é hora de sairmos dessa tangente para voltar aos ciúmes.

Por que você sentiria ciúmes de alguém? Isso não foi uma pergunta retórica, eu realmente estou perguntando.

A base, como vimos ali em cima, é a ideia de que qualquer relação que a pessoa possa ter com outra pessoa que não você pode reduzir a qualidade da sua experiência com ela, ou fazer com que você a perca. Qual a solução para isso? Sentir insegurança e/ou tentar controlar a pessoa. Isso já está soando tão errado pra você quanto soa para mim?

Se você gosta de alguém, você quer que essa pessoa esteja bem. Se você só quer que essa pessoa esteja bem dentro do que você considera “bom”, você não quer o bem dessa pessoa, você quer alguma coisa que você chama de “bem”.

Note que há uma diferença entre achar que uma pessoa está fazendo algo que faz mal para ela, e simplesmente desejar que ela tenha exclusivamente uma experiência positiva dentro do cercadinho temático que você inventou. Muitas vezes, essa é uma desculpa usada por ciumentos para tentar justificar o controle que tanto desejam, mas a diferença básica aqui é de motivação e de efeito real.

O ciúme, assim, controla a liberdade da outra pessoa, e fica evidente a questão de sentimentos de inadequação derivados de problemas de auto-estima do ciumento. Se os ciúmes nascem de uma pessoa ter um tipo de experiência com os outros, pode ser a sensação de que o mesmo tipo de experiência não é capaz de ser reproduzido com o ciumento e/ou não tão bom e/ou que a mesma experiência, frente ao que o ciumento pode oferecer, será menor. Geralmente, por mais que tente diminuir a outra pessoa, o ciumento reconhece que há algo de positivo em quem está causando ciúmes, seja na aparência, personalidade ou outro aspecto.

O ciumento, em geral, é uma pessoa que sente que não se garante. Então ele se agarra desesperadamente ao que pode e teme todo tipo de ameaça. Vale observar que, geralmente, os ciúmes são mais intensos quanto mais as vantagens do outro se relacionarem a suas inadequações específicas, mesmo que o ciumento dificilmente admita isso.

E aqui vale um ponto que é algo que sempre me incomoda muito, mas eu vejo poucas pessoas falarem a respeito: sentir ciúmes de uma pessoa é algo extremamente ofensivo para a pessoa de quem você sente ciúmes. Ou ainda, nem sempre se reconhece isso socialmente, mas para mim deveria ser um ponto muito problemático que várias vezes é ignorado pelos envolvidos na relação.

Imagine só: você sente que precisa controlar uma pessoa e/ou se ressentir com ela por conta do que ela faz ou sente com outras pessoas, ou mesmo da possibilidade de que ela faça! Se você tem um relacionamento com uma pessoa, seja qual for, existem pactos tácitos ou declarados, e quando você tem ciúmes dela, você está declarando que teme que a pessoa não cumpra sua parte do acordo. Você está falando que não confia nessa pessoa, ou que ela é manipulável, ou que ela é emocional, ou ignorante, ou qualquer outro motivo. E, de novo, você mostra que o seu interesse nessa pessoa é só de uma versão teórica dela que se comporta unicamente como você quer que ela se comporte, e não no ser real e independente que ela é.

Com esse ponto, eu me sinto seguro o suficiente para declarar algo que espero que se lembrem: o ciumento não quer se relacionar com uma pessoa, mas com a ideia de uma pessoa, portanto quaisquer ciúmes em algum nível envolvem desumanização da pessoa com quem se relaciona.

Talvez você agora esteja cruzando os braços, balançando a cabeça e levantando vários pontos contra mim, e eu já até imagino alguns deles. Talvez pergunte “Então você está dizendo que eu devo ser um(a) corno(a) manso(a)? Que eu devo aceitar ser traído(a)?!”, e aí eu vou pedir que releia os últimos parágrafos e depois volte a este, onde eu vou dizer para você, caso ainda não tenha ficado claro: é claro que não.

O fato de, ao pensarmos em “não tenha ciúmes” as pessoas já levarem a lógica para “aceite ser traído” apenas reforça tudo que eu disse até agora. O fato de levar a esse extremo está tornando evidente algo sobre sua visão desse relacionamento.

Entenda assim: se você não confia em uma pessoa para cumprir algo de uma relação, você deve analisar se há um problema nela — ela realmente não é confiável e, portanto, o relacionamento deve ser questionado — ou com você — afinal, você tem direito de cobrar seja lá o que estiver cobrando? Observe que estou sendo propositalmente genérico porque esse não é um problema apenas de relacionamentos amorosos. Se duas pessoas dialogam e se entendem, não há tanta chance para dúvida. Quanto mais você falar, mais claro deixar, menos desculpas você terá para alimentar seus ciúmes.

E note que não estou falando “cobrar”, mas “dialogar”. Ciumentos adoram um bom interrogatório. A diferença é que eles em média não estão acreditando no que a outra pessoa diz, e querem encontrar uma mentira, ou querem encontrar uma desculpa para fazerem as coisas do próprio jeito. Estou falando de conversas saudáveis, não da imposição de uma invasão de privacidade que sempre irá existir em qualquer relacionamento, mesmo que em níveis e manifestações diversas.

Esse é um exame de consciência que o ciumento médio não faz: se a outra pessoa não é confiável, por que você está mantendo esse relacionamento? Por que você quer controlá-la até que esteja dentro de sua margem de aceitabilidade? Se a outra pessoa não está agindo por livre e espontânea vontade de modo positivo para você, por que você quer ficar com ela? Resposta, como eu já disse antes: na maioria das vezes, você não quer. Você quer a versão dela que é como você quer, e talvez essa versão nunca exista, e talvez nunca tenha existido.

“Poxa, mas é complicado não sentir ciúmes.” Aí, sim! Aí estamos conversando em um nível mais adulto. Pois uma coisa é você justificar seus ciúmes e tentar culpar a outra pessoa por conta de algo que você sente como as coisas deveriam ser, e outra coisa é reconhecer que você tem uma limitação, uma dificuldade emocional a ser trabalhada.

Ciúmes acontecem. Nós conseguimos ver em animaizinhos, por exemplo. Um cachorro pode demonstrar ciúmes se o dono mostrar mais carinho para uma pessoa ou para um companheiro canino do que para ele, e esse sentimento pode ser tão desproporcional quanto o de qualquer ser humano. Então por um lado não precisa se martirizar se você sentir ciúmes, mas também lembre-se que ao agir assim você está no nível de complexidade emocional de um cachorro. Você é melhor que isso, e tem mais maturidade que isso.

O que fazer, aqui? O básico, como já falei, é o diálogo, mas a maior parte do trabalho é pessoal, e envolve trabalhar suas próprias inseguranças. Se você já tem a relação que gostaria de ter com a outra pessoa, por que é tão difícil assim que ela tenha outros tipos de relação com outras pessoas? Algo falta? Você teme perdê-la porque não consegue fazer algo que ela procura em outras pessoas? Você realmente acha que é moral manipular a ela ou às circunstâncias para que esse risco não exista? Você acha que é realmente possível?

Uma coisa que é triste, que dói, mas que é um dos fatos da vida, é que nós jamais seremos uma pessoa que atende todas as necessidades de todas as pessoas. Muitas vezes, nós realmente queremos isso. Nós muitas vezes queríamos ser o bastante para todos de quem gostamos. Na prática, nem mesmo de uma só pessoa nós conseguimos fazer isso, imagine de todas? Isso é porque nós somos animais sociais. Nós gostamos de conexões, de experiências, e cada um de nós tem algo a oferecer aos outros e a receber deles. Entender isso em seus diferentes níveis de complexidade apenas reforça a crueldade que é tentar controlar a liberdade de outra pessoa porque nos sentimos inseguros sobre perdê-la para outras pessoas.

Tomar consciência dessas coisas ajuda muito. Também ajuda se lembrar daquilo que falamos antes: você nunca vai saber tudo sobre alguém e nada será totalmente controlável por você. Se você aceitar essas questões — porque a alternativa é se frustrar, afinal, porque não há como mudar isso — , já será um passo grande. E, claro, se for realmente difícil, ajuda profissional sempre é uma opção.

A esta altura eu já falei quase tudo que tinha para falar, mas ainda temos um ponto final bem importante: tem gente que acha ciúme bonito. E eu vou repetir OUTRA VEZ: CIÚME É FEIO.

Há muito tempo, em diferentes formas, o ciúme é romantizado. As pessoas acham que amar, se importar, e ter uma relação por vaga que seja realmente envolve ciúmes. Isso porque, em algum momento, nós começamos a tratar ciúme como uma forma de expressão de um sentimento.

Isso é um ponto complicado, mas ele explica muito sobre como chegamos até aqui: nós somos tão atrapalhados para falarmos de nossos sentimentos e nos comunicarmos com as outras pessoas, que tratamos qualquer coisa que se assemelhe a um sentimento de valor como o próprio. Dependendo, muitas vezes existe até uma cobrança social por ciúmes, de modo que as pessoas acabam aprendendo que, quanto mais sentirem ciúmes, mais demonstram que amam a outra e, através da demonstração, teoricamente efetivariam esse amor.

Ou seja, nossa incapacidade de expressão, nossa falta de um “vocabulário” emocional saudável nos leva a repetir padrões de comportamento nocivos e aceitar o ciúme como algo normal e, pior, algo a ser cultivado.

É por isso que muitas vez quem não sente ciúmes é entendido como alguém que não se importa, e é por isso que vários excessos acabam normatizados. Há uma expectativa universal de ciúmes.

Isso, ainda por cima, acaba gerando uma inversão de valores, porque ao mesmo tempo que dentro dessa lógica a ausência de ciúmes é lida como desamor, o excesso é visto como amor intenso, e isso independe das manifestações de amor real. Alguém pode ter uma relação saudável com outra pessoa e ser pautada só pela ausência desses excessos. O ciumento, do mesmo modo, pode não ser nada amoroso, mas pode ser entendido como positivo simplesmente porque é intenso de alguma forma.

Então não é romântico, nem normal, você “testar” outra pessoa. Não é romântico, nem normal, você querer invadir a privacidade dela. Idem para tentar limitar as amizades dela, controlar sua agenda e criar condições para a liberdade dela. Idem — e esse tanto deveria ser óbvio, mas às vezes é importante falar até mesmo o óbvio — agir com violência de qualquer forma contra a pessoa ou contra qualquer outro por conta de ciúmes.

Sempre que você estiver agindo dentro da linguagem dos ciúmes, você não está agindo com amor, não importa o quanto você possa vir a querer usar essa palavra.

“Ah, então vale tudo em um relacionamento, ninguém é de ninguém, cada um faz o que quiser?” Note que ninguém disse isso, mas é fácil cairmos nesse pensamento. E sim: ninguém é propriedade de ninguém. As pessoas assumem compromissos, mas isso não significa que cedem a propriedade de si mesmos uns aos outros. Cada relacionamento tem seus próprios detalhes, sua configuração específica, portanto converse, analise e alinhe as coisas com a outra pessoa para encontrar o modelo que faz mais sentido, se ele já não se formar naturalmente.

E se estiver ainda resistente, achando que o fim dos ciúmes vai resultar em um caos, faça estas perguntas para você mesmo(a):

  • Por que você não quer que outra pessoa tenha um amigo que não você?
  • Por que você não quer que aquela dupla de trabalho ou dos esportes faça dupla com outra pessoa?
  • Por que você não quer que sua(eu) companheira(o) tenha amigos de outro gênero?
  • O que significam todas essas restrições que você está colocando? O que elas dizem sobre você e sobre a outra pessoa?

E se você não faz nada disso, olhe bem e se pergunte: o que isso diz sobre as expectativas de nossa sociedade sobre como relacionamentos humanos devem funcionar?

Nós somos seres muito quebrados por diversos motivos, e este é um dos que podemos consertar com algum tanto de atenção. Lembre-se sempre que CIÚME É FEIO, e só de lembrarmos disso já fica mais fácil nos alinharmos com mais amor e autoestima.

Então é isso. Tenham mais autoestima, respeitem os outros, bebam água, durmam bem, usem camisinha e lembrem-se que a Terra é redonda. Ou quase.

Até mais.

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Rodrigo Ortiz Vinholo
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Written by Rodrigo Ortiz Vinholo

Publicitário, jornalista, escritor, professor e pessoa estranha.

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